21 nov Retrofit de prédios antigos no centro de São Paulo cresce, atrai incorporadoras e cria novo mercado
Edifícios estão sendo reformados e destinados à moradia e serviços de hotelaria; expectativa é que esse mercado avance cada vez mais na cidade e em outros locais do País
A revitalização de prédios antigos – chamada de retrofit pelo mercado imobiliário – vem crescendo no centro de São Paulo. O resultado dos investimentos pode ajudar a atrair mais pessoas de volta para a região.
Incorporadoras como a Planta.Inc, a Metaforma e a Somauma trabalham mapeando os prédios comerciais fechados ou desocupados e avaliam o potencial de serem reaproveitados. O foco de atuação está nos bairros da Vila Buarque, República, Anhangabaú, Campos Elíseos, Consolação e Bela Vista.
A Planta.Inc, do empreendedor Guil Blanche, está preparando uma nova leva de investimentos. A incorporadora já comprou e reformou seis prédios nos últimos anos. Entre eles está o Edifício Renata Sampaio Ferreira, construído na Vila Buarque na década de 1950 e tombado pelo seu valor histórico e arquitetônico. O antigo prédio de escritórios foi transformado em apartamentos com serviços de hotelaria e reaberto ano passado com diárias que podem passar dos R$ 1.000.
Em agosto, cinco empreendimentos da Planta.Inc foram vendidos para a multinacional canadense Brookfield – um das maiores investidores de imóveis do mundo. “Quando a Brookfield decide comprar os prédios no centro, isso funciona como um selo de qualidade para a nossa atividade”, ressalta Blanche, em entrevista para o Estadão/Broadcast.
Neste momento, a Planta.Inc analisa um total de 45 prédios sendo que um conjunto deles fará parte de uma nova rodada de aquisições para retrofit, o que demandará aporte de investidores, possivelmente via um fundo de investimento imobiliário. Os primeiros prédios foram comprados com dinheiro de um fundo constituído pela gestora Valora. Para a nova rodada, a incorporadora contratou como diretora financeira a executiva Fernanda Baccin, saída da RB Capital, justamente, para conversar com agentes do ramo e angariar mais recursos.
Fonte: Estadão